segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O INFERNO DE LONDRES: EXCLUSÃO SOCIAL, DESINTEGRAÇÃO SOCIAL OU AUTO-EXCLUSÃO?


Desde há muito que os arautos do dogma do «politicamente correcto», conotados com uma certa esquerda, nos vêm habituando, por lavagens sucessivas ao cérebro feitas através dos media que sempre controlaram e controlam, à ideia de que a marginalização e a desintegração social de grande parte dos imigrantes, oriundos das antigas colónias, da Europa de leste e de outras partes do mundo, são fruto de um processo de exclusão social por parte dos cidadãos autóctones ou do Estado que os acolheu.

Mais uma vez, no inferno de Londres, que por via do vandalismo, pilhagem generalizada e incêndios gigantescos provocados por fogo posto, e que causou centenas de milhões de euros de prejuízos ao povo britânico, o comportamento anacrónico e marginal destes imigrantes ou seus descendentes foi justificado, como sempre, com a exclusão social.

É preciso desmontar este mito! Não o desmontar e ignorar o problema pode, no futuro, sair muito caro à Europa.

Não há nenhuma exclusão social.

A exclusão social, no sentido do politicamente correcto que existe na mente de muitos dirigentes europeus e dos seus arautos, pressupõe que as populações autóctones (leia-se originárias historicamente do país anfitrião por descendência de sangue directa), discriminam, perseguem e afastam da ascendência e convivência sociais, estes imigrantes e seus descendentes e que os Estados que os acolheram não lhes proporcionaram, nem proporcionam, protecção social em pé de igualdade com todos os outros cidadãos.

O que se sabe é que os Estados europeus criaram todas as condições para a integração destes imigrantes, desde logo proporcionar-lhes educação, formação, apoio social subsidiado e outro, casas sociais de renda muito económica, a que a esmagadora maioria dos autóctones não tem acesso, protecção na justiça e outros direitos de protecção iguais ou melhores do que os concedidos aos cidadãos autóctones e muitas outras regalias.

Foram criadas leis anti- segregação, anti-discriminação e outras, para os protegerem.

Estes imigrantes e seus descendentes não se podem, portanto, queixar de falta de apoio para se integrarem completamente na sociedade em pé de igualdade com todos os outros cidadãos.

Ninguém os excluiu nem exclui.

A questão é que, na maior parte dos casos são eles próprios que se excluem, são eles próprios que, por questões de desenraizamento familiar, por os respectivos pais e familiares directos não lhes proporcionarem formação e educação em casa, por não acompanharem e exigirem a sua ligação permanente à escola, para poderem terminar os cursos com aproveitamento e a partir daí permitir o emprego no mercado de trabalho e a ascensão social.

Em grande parte dos casos os pais não têm sequer capacidade para os educarem e formarem normalmente e eles próprios não dão o exemplo.

A frequência da escola é rapidamente abandonada, às primeiras dificuldades, por causas muito diversas: a dita falta de apoio dos pais, o desinteresse natural pelo trabalho escolar de muitos deles, as más influências do exterior aliciando-os à marginalidade, situações bem mais cómodas.

Perante este cenário, a escola não pode fazer milagres. Não havendo aproveitamento escolar, não havendo interesse da parte destes alunos na formação e educação que a escola lhes podia proporcionar, suprindo em parte o défice de educação e formação familiares, estes alunos descendentes de imigrantes ficam entregues à sua sorte.

Ou seja, sem educação não conhecem as regras de um comportamento social normal e sem formação e sem aproveitamento escolar, não conseguem emprego nem ascensão social que este poderia proporcionar.

A única saída é a marginalidade e daí a sensação aparente de exclusão e desintegração sociais.

Se juntarmos a tudo isto a intolerância cultural e os traumas coloniais da parte destes cidadãos em relação aos autóctones, bem mais tolerantes, embora obviamente com excepções, e à pobreza resultante da situação de marginalidade, temos a mistura explosiva, que tem originado estas tensões sociais e ao aparecimento, cada vez mais frequente destes fenómenos, um pouco por toda a Europa e de que o reino Unido foi o último exemplo dramático.

O fenómeno não é, portanto causado pela exclusão por parte dos cidadãos autóctones ou por parte do Estado, mas sim pela auto-exclusão e desintegração social deles próprios.

Não havendo exclusão social, na esmagadora maioria dos casos, subsiste a questão de fundo.

E a questão de fundo é que algo está errado com estas camadas sociais que, não conseguindo integrar-se na sociedade que os acolheu, dedicando-se à marginalidade, ao crime e à destruição, estão a constitui um pesado encargo para aqueles que lhes deram uma oportunidade de vida.

Pesado encargo desde logo com o esforço contributivo que todos têm de suportar para os manter (leia-se apoio social subsidiado e outros apoios) e pesado encargo resultante do vandalismo destruidor a que, ao mínimo pretexto, dão largas à imaginação e por se sentirem completamente impunes, protegidos pelo poder político.

E interrogamo-nos como, perante este cenário com contornos dantescos, o poder político e as autoridades locais, se comportam com toda a complacência e tolerância, sem olhar aos prejuízos gigantescos provocados à sociedade autóctone e que generosamente os acolheu.

Como foi possível chegarmos a este limite extremo que, a longo prazo, terá tendência a agravar-se e que constitui já hoje um autêntico barril de pólvora de que a chacina do exterminador de Oslo é apenas o mais recente e trágico exemplo?

O extermínio de Oslo dirigido cirurgicamente aos cérebros dos que adoptaram e implementaram a utopia ideológica destas políticas extremas, é um sério e preocupante aviso do que poderemos ter de enfrentar, num futuro mais ou menos distante ou mais ou menos próximo, ou seja, graves conflitos sociais por toda a Europa, de consequências imprevisíveis.

Por outras palavras, podemos ter de enfrentar a guerra civil de origem étnica.

O extermínio de Oslo, não sendo, como tudo indica, um acto isolado, é a prova provada do estado de tensão social em que se encontram actualmente as sociedades europeias que, umas mais outras menos, adoptaram estas políticas de imigração em massa de que resultou a marginalidade, o crime e a destruição por parte de grande parte destes imigrantes ou seus descendentes, por via da desintegração social e da auto-exclusão, apesar de lhes oferecerem todas as condições para se inserirem na sociedade.

O extermínio de Oslo é um sério alerta de que algo vai muito mal na Europa com estas políticas extremas e as sociedades autóctones a dar preocupantes sinais de grande tensão e que não estão dispostas a suportar por mais tempo os enormes sacrifícios e prejuízos impostos por esta situação, com a complacência dos poderes políticos.

As populações europeias estão a dar sinais de que não querem continuar por mais tempo a servir de «carne para canhão» de políticas que, em última análise, visam proteger os interesses económicos instalados nas antigas colónias, ou seja, de tudo permitir aos imigrantes oriundos dessas regiões com o objectivo de não hostilizar o poder político lá instalado, extremamente sensível a qualquer indício de hostilização aos seus compatriotas, devido aos traumas da colonização europeia e que seria pretexto suficiente para, de um dia para o outro, correr com todas as empresas e cidadãos das antigas potências colonizadoras, lá instalados.

A Europa colonial está, portanto, num equilíbrio muito instável, pois se por um lado não pode nem deve pôr em causa os seus interesses económicos nas antigas colónias, por outro, não pode manter por mais tempo a impunidade das camadas sociais desintegradas e auto-excluídas da sociedade, resultante dos fluxos migratórios descontrolados, provenientes dessas regiões.

Tem de ser encontrada rapidamente uma solução, sob pena de toda a Europa se transformar num barril de pólvora e para isso basta uma simples faísca para incendiar o rastilho.

A reacção das populações autóctones, ajudadas por militantes da extrema-direita inglesa, para defenderem os seus haveres da onda de vandalismo destruidor que transformou Londres num inferno, foi apenas um ensaio do que pode acontecer num futuro próximo, ou seja, já estão dispostas a sair à rua e a organizar a sua defesa, perante a inépcia do poder político e a consequente complacência das autoridades policiais.

Estas coisas têm de ser ditas com objectividade, sem rodeios e forçando a barreira do politicamente correcto, pois iludir o problema e fingir que ele não existe, corremos o risco de, toda a Europa ser confrontada, mais tarde ou mais cedo, com um conflito social de origem étnica de proporções inimagináveis, por não termos prevenido as situações e por termos caído em extremos que, como sempre, só a extremos pode conduzir.

A Europa que já sofreu na pele o flagelo de duas grandes guerras, a última das quais sob o protagonismo de Hitler e o consequente genocídio dos judeus, parece que tem a memória curta e já se esqueceu das causas daquele genocídio e, os judeus, nem de perto nem de longe, se comportavam como se comportam as actuais gerações de imigrantes.

A diferença é que os primeiros não estavam protegidos pelo poder político, eram pessoas trabalhadoras e estavam completamente integradas na sociedade alemã. E mesmo assim, foram perseguidos e exterminados.

A Europa tem de acordar de vez e encarar de frente este problema, caso contrário arrisca-se a novo conflito, potenciado actualmente, pela grave crise económica e financeira internacional, sem precedentes desde 1929 e não se pode esquecer de que os grandes conflitos que já sofreu, também tiveram causas coloniais.

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