segunda-feira, 22 de agosto de 2011

EUA: A CURTA EXPERIÊNCIA SOCIALISTA, O «TEA PARTY» E A II REVOLUÇÃO AMERICANA

Na pátria do país da liberdade e da maior democracia do mundo, soaram os sinais de alarme!

Obama tentou e iniciou uma das poucas experiências socialistas da história dos Estados Unidos da América do Norte, ao introduzir no país alguns paradigmas de referência deste modelo económico e social.

De facto, ao incrementar a dimensão do Estado, ao aumentar o nível de intervenção e de regulação do Estado na economia, ao ensaiar uma espécie de estado social embrionário, de génese pública, ao aumentar os impostos, para além de intervenção no sistema de educação e propor um Sistema Nacional de Saúde, este homem vindo do Partido Democrata, está a dar os primeiros passos de introdução do modelo socialista, que tão maus resultados deu na Europa e noutras partes do mundo.

Para uma grande parte dos americanos, esta curta experiência de intervencionismo e excessiva regulação da economia pelo Estado e de aumento da sua dimensão, representa a completa negação do que foi o Sonho Americano, baseado em princípios de liberdade, de livre iniciativa, de economia de mercado e de plena democracia.

Para uma grande parte dos americanos que se identificam com o Sonho Americano dos pioneiros que fizeram daquelas terras da América do Norte a maior democracia e potência económica do mundo, a curta experiência socialista de Obama que, para além de ter dado início à introdução dos primeiros paradigmas deste modelo, introduziu uma sistema de propaganda e de controlo de parte dos media e das organizações corporativas, que está a intoxicar a opinião pública, com informação manipulada e enviesada, constitui a negação da essência e dos fundamentos da democracia.

Uma democracia manipulada, não é uma verdadeira democracia, é um verdadeiro embuste, dizem.

Tal como cá, o modelo socialista vive da propaganda e da manipulação da opinião pública através do controlo dos media e das organizações corporativas (sindicatos, associações profissionais, etc.).

E mais uma vez, prometendo o paraíso para todos, sem ter em conta que é necessária uma sólida estrutura económica com bons níveis de crescimento, Obama incorreu neste erro que lhe pode sair caro em 02 de Novembro de 2012 e não ser reeleito.

Não só o modelo socialista não se encaixa na cultura da maioria dos americanos, como este ensaio de apenas três ou quatro anos, já está a sair caro ao país, como aconteceu a grande parte das democracias europeias.

Ou seja, já se fala em crescimento desmesurado do Estado, em despesismo desmesurado do Estado por via da sua expansão e crescimento, em aumento excessivo do défice orçamental, em asfixia das empresas e do sistema económico e em aumento para níveis astronómicos da dívida soberana americana, que continua aumentar para evitar que o país entre em incumprimento das suas obrigações correntes, ou seja, está-se a assistir ao desmoronar da economia, até agora, mais poderosa do mundo.

É óbvio que, a situação preocupante em que se encontra a economia americana, que pode afectar todo o mundo, não se deve apenas a este ensaio de experiência socialista, que durou ainda pouco tempo, mas a muitos outros factores e que também estão na base das crises políticas, económicas e sociais da Europa e um pouco por todo o mundo.

Mas, pelo que conhecemos da experiência vivida aqui na Europa dos modelos socialistas, a sua introdução na América, certamente que está a contribuir para isso.

A situação existente nos EUA está de tal forma a preocupar os americanos que já começaram a soar os sinais de alarme, com o aparecimento de um novo movimento social e político, conhecido como «Tea Party», que está a mobilizar a opinião pública americana e já a falar da necessidade de uma II Revolução Americana.

Apenas a título de esclarecimento, o Tea Party, ou Partido do Chá, nasceu em 2009, é um movimento de extrema-direita de cariz populista.

Tem origem no Boston Tea Party de 1773, ou Manifesto do Chá de 1773, uma acção directa dos colonos americanos de Boston, contra o Governo Britânico e a Companhia das índias Ocidentais, que detinha o monopólio do chá que entrava nas colónias. Nesta acção, todo o chá a bordo dos navios acostados ao porto de Boston, foi atirada ao mar.

Voltando ao tema, os sinais que vêm do lado de lá do Atlântico são motivo de preocupação para a Europa e para o resto do mundo.

Parece começar a desenhar-se alguma agitação e preocupação na sociedade americana.

Os americanos nem querem ouvir falar de socialismo, não só porque para eles a liberdade, a livre iniciativa e a autêntica democracia são valores sagrados e que inspiraram o grande Sonho Americano, como as experiências europeias e noutras partes do mundo, deram muito maus resultados sob o seu ponto de vista e não quereriam ver postos em causa, os grandes valores que inspiraram o nascimento da nação americana

Uma coisa é certa.

A crise está instalada na sociedade e economia americanas, por causas endógenas e por causas exógenas e os desequilíbrios que daí podem resultar a nível global podem afectar todos nós.

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