Descobrimos agora,
passados quase quarenta anos de revolução abrilista e pela mão de Francisco
Assis do Partido Socialista, que os fantasmas do passado revolucionário, ainda
não estão afastados.
De
facto, os iluminados que tomaram a vanguarda e as bandeiras da revolução,
dizendo-se combatentes antifascistas e os seus revisionistas do soarismo, inventaram toda a espécie de chavões para
assassinar os adversários políticos, todos estamos, os que viveram esses
acontecimentos, bem lembrados disso.
Muitos
caíram em desgraça, viram as suas vidas destruídas pela fúria infame dos
chamados «saneamentos revolucionários», sem justa causa, nem causa formada.
Apenas se pretendeu assassinar adversários, sem disparar um tiro, só porque
eram suspeitos de conotação com o dito «fascismo».
A
intimidação resultou em pleno.
Colocadas
as mordaças, toda a gente se calou. O caminho para os revolucionários estava
livre. Quem ousasse uma crítica, por ténue que fosse, era imediatamente
rotulado de «fascista», «reaccionário» ou «contrarrevolucionário» e a partir daí a sua vida podia transformar-se
num inferno.
Foi
neste ambiente de coacção e intimidação que, no Verão Quente de 1975, com voto
obrigatório, imposto pela revolução, o povo português foi obrigado a votar a
Constituição Socialista de 1976, por que se rege, ainda hoje, o país.
Hoje,
espantosamente, esses fantasmas voltaram a ser exibidos, pelos continuadores do
soarismo, agora sob a forma de um pretenso novo fascismo, a variante designada
de «PROTOFASCISMO».
Tal como, durante o
PREC (Processo Revolucionário em Curso) de há quarenta anos, agora, em plena
ditadura democrática, a chamada partidocracia, reage-se da mesma forma,
rotulando os adversários que contestam as ideias dominantes, o regime e o
sistema, de um novo fascismo, mais moderno e que veio substituir o antigo.
Intitularam-no de Protofascismo e com o qual, como aconteceu no PREC de 1974 e
anos seguintes, se pretende descredibilizar e assassinar os membros do
MOVIMENTO REVOLUÇÃO BRANCA.
É um péssimo sinal que
os continuadores soaristas do PREC, responsáveis principais pelo ruina do país,
estão a dar à população portuguesa, pelo que revela de intolerância, de
comportamento antidemocrático e de tentativa de calar, pela mesma mordaça
abrilista, uma oposição consciente e determinada.
Estão enganados!
Nunca calarão o
MOVIMENTO REVOLUÇÃO BRANCA.
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