quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

LARANJA OU LIMÃO?

A homossexualidade sempre existiu, demonstra-o a história. Também o demonstra a história que a mesma foi característica de minorias sociais. A esmagadora maioria da espécie humana é impulsionada por orientação heterossexual, comum à ordem natural própria do género animal.

É essa orientação heterossexual maioritária que tem permitido a sobrevivência das espécies animais e também das sociedades humanas, haja ou não casamento.
Aliás o casamento não passa de uma construção social adoptada, desde há muitos séculos, para dar resposta a questões de direito do homem e da mulher e dos descendentes se os houver.

No entanto, as sociedades ao longo dos séculos têm vindo a evoluir desde a repressão à homossexualidade (por se considerar desviante da ordem natural e principalmente por ser lesiva da sociedade, uma vez que não permite a reprodução natural e a criação e educação dos nossos descendentes, em condições equilibradas e harmoniosas), até à tolerância e mais recentemente em alguns países com os «casamentos gay».

Não sou fundamentalista da heterossexualidade, aceito e compreendo, que duas pessoas do mesmo sexo possam nutrir, ser impulsionadas e atrairem-se por determinados sentimentos (amor, amizade, ou qualquer outro) e que, num contexto de sociedades tolerantes e não descriminatórias, se garantam os direitos dessas pessoas.

Já não sou a favor da promoção da homossexualidade.
Promover a homossexualidade significa promover o aumento da minoria social que adopta este comportamento desviante e quanto mais ela aumentar menos minoria será e a partir de certa altura, pôr verdadeiramente em causa a continuidade da espécie humana, de forma equilibrada, nas sociedades actuais, que já se debatem com sérios problemas de renovação das gerações, por via da queda da taxa de natalidade, pela alteração dos padrões sociais e culturais.

Coloquei entre «aspas» o termo casamento, de propósito.
Porque é uma questão importante e é necessário analisá-la.

Em primeiro lugar é preciso chamar os nomes devidos às coisas.
Desde há séculos que se convenciomou chamar «casamento» à união contratual e jurídica em duas pessoas de sexo diferente, tenham ou não descendentes, mas visando a descendência e a continuidade da espécie.

Por isso a união de duas pessoas de sexo diferente «não casadas» porque é diferente de um casamento, se convencionou chamar «união de facto».
A união entre duas pessoas do mesmo sexo, por maioria de razão, não pode denominar-se casamento, a ser permitida tem de ter outra denominação, por exemplo «união homossexual» «união civil registada» ou qualquer outra.

É que os termos usados envolvem conceitos diferentes e finalidades diferentes dessas uniões e por isso cada união adoptada, tem de reger-se por ordenamentos jurídicos diferentes, porque de facto são coisas diferentes e o interesse da sociedade no seu conjunto tem de ser protegido.

Para isso é que existem Governos, para governar e proteger as sociedades. De contrário, meter tudo no mesmo saco, seria o caos.
A questão de fundo é a protecção das sociedades e a garantia da sua continuidade de forma equilibrada, o que só a relação heterossexual permite (com casamento ou não), incentivando-se e criando-se condições para a reprodução, criação e educação dos nossos descendentes, num ambiente natural, e por isso este tipo de relação tem de ser protegida de uma forma especial e diferente de todas as outras.

Por isso não se entende esta pressa doentia do governo, em legislar no sentido de permitir «casamentos» entre pessoas do mesmo sexo e, é tudo uma questão de tempo, a adopção de crianças por estas uniões.

Para além de ser uma questão que tem de ser avaliada pela sociedade no seu conjunto e portanto um referendo faz todo o sentido (em democracia, a maioria tem de se pronunciar) a questão de fundo é que estas uniões, porque visam objectivos diferentes, não podem ser equiparadas e tratadas pelo mesmo estatuto jurídico e social das uniões heterossexuais.

O argumento socialista de que se visa combater a descriminação é uma verdadeira falácia e um mero expediente para justificar a medida.
O facto de outros países o terem feito, não significa que tenhamos de ser «burros» como eles e passarmos a estar na vanguarda do negativismo igualitário, só porque é moderno!

Ninguém descrimina, actualmente os homossexuais!

A questão não é essa. A questão tem a ver com a atribuição do mesmo estatuto social e jurídico ao casamento entre heterossexuais e homossexuais, porque, quer queiramos quer não, são coisas completamente diferentes e coisas diferentes nunca foram iguais!

Embora ambos sejam citrinos, uma laranja não é a mesma coisa do que um limão...pelo menos é o que aprendi em lógica matemática!

Mas neste socialismo em que vivemos «A LÓGICA É UMA BATATA»...!

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