Cavaco
desmaia, o país vacila.
Já se previa
que, após a aparente saída da Duquesa de Mântua, o país viesse novamente a
entrar em crise política. Sempre o disse.
Feito o
trabalho sujo pela direita «reaccionária», como sempre foi obrigada, no regime
de Abril, consequência da cíclica demagogia eleitoralista, despesismo sem
dinheiro e incompetência do partido do regime, repete-se o sinistro «Dente de
Serra».
Aberto o
caminho e convictos da aparente rédea solta que, finalmente chegou ao país, os
lóbis do regime socialista movimentam-se freneticamente, aparentemente para
recuperarem as posições perdidas e desenterrar figuras sinistras, que agora
começam a ressuscitar.
As mesmas
figuras que, desde sempre, enterraram o país até aos cabelos e passaram a
factura da crise para o povo português pagar.
Nunca
aprendemos com os erros da história, parece que perdemos, ou nunca tivemos,
essa capacidade.
Mal dos portugueses!
Para além da guerra sem quartel, aberta pelas oposições socialista e
comunista, contra a direita «reaccionária e fascista», rótulos com que sempre foi brindada pelo regime de
Abril, são as próprias
lideranças socialistas que se digladiam, pela disputa do poder.
Os novos arautos, verdadeiros profetas e donos da verdade, querendo
reencarnar uma nova espécie de sebastianismo, atacam os camaradas considerados
mais frágeis e inexperientes.
Mas, nada de novo acrescentam.
Não há uma ideia nova nas suas iluminadas massas cinzentas.. A verborreia
eleitoralista do costume. Como se Portugal não tivesse já perdido uma boa parte
da sua soberania, pelas suas próprias mãos.
Quanto mais alta a sua voz, mais fracos os seus argumentos.
Mas, a voz alta, emocionada, teatral e retoricamente inflamada, CONVENCE,
CONVENCE SEMPRE.
Populismo do mais puro, perante a desgraça passada, mas cujo rótulo é endereçado aos outros, a todos
os outros que ousam desafiar a sua demagogia.
Cavaco
desmaiou, é certo, mas disse uma grande verdade, já depois de recuperar do
desmaio:
- Ou nos
unimos e conseguimos obter consensos entre os principais protagonistas do
regime, ou estamos condenados a um futuro muito sombrio.
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