sábado, 9 de abril de 2011

O CONGRESSO DA NOBREZA SOCIALISTA

Os nobres da República estão mais uma vez em congresso.

Estão reunidos mais uma vez para fazer uma campanha de marketing, para convencer a clientela a comprar o produto, que sempre venderam ao povo português.

Estão exuberantes, contentes, satisfeitos, pelo excelente trabalho que fizeram e prometem fazer ainda melhor no futuro.

Estão contentes e exuberantes, porque tudo lhes corre bem, enquanto o povo sofre.

Sofre na pele as agruras do dia a dia, já conta os tostões para sobreviver, passa fome e recorre à sopa das misericórdias e à generosidade e caridade alheias.

Povo que, perante a angústia e o desespero do dia a dia, fez disparar o consumo de anti-depressivos. 30% da população portuguesa sofre de depressão e consome anti-depressivos. Coisa nunca vista!

E agora, como se tudo isto já não fosse um verdadeiro tormento, ainda lhe cai em cima o FMI.

É já o terceiro da revolução abrilista, pela mão do partido da rosa.

O partido da rosa, os nobres da República, estão contentes e exuberantes pelo excelente trabalho. Como sempre.

Prometem mais ilusões e nós voltamos a acreditar! Como sempre!

E pasme-se! Mesmo com o FMI em nossa casa.

Deve haver certamente, muita gente interessada nisto: ganhar com a desgraça dos outros!

As últimas sondagens mostram que estamos muito satisfeitos com o excelente trabalho da nobreza que tem governado o país. Espectacular recuperação do partido nobre.

E depois do congresso ainda vai subir mais.

Porque continuamos, masoquistamente, e não só, a acreditar nas mesmas ilusões de sempre, as ilusões que já chamaram por três vezes o FMI a Portugal.

Foi em 1977, em 1983 e agora em 2011.

É um fatalismo cíclico, após cada período de governação socialista. Depois… quem vier atrás que feche a porta…

Alguém há-se resolver o problema e, para vergonha de todos nós, têm de ser os outros a resolvê-lo perante a nossa manifesta incapacidade, inconsciência, paternalismo e oportunismo.
 
Mas, desta vez temos algo de diferente e original:

O partido rosa conseguiu arranjar um «alibi», um pretexto, algo de muito original, para se descartar da desgraça que provocou, mais uma vez, ao povo português.

É que a culpa de tudo isto o que nos está acontecer, foi obra sinistra e tenebrosa dos seus adversários, vulgarmente chamados de oposição que, maldosamente maquinaram a recusa de mais um PEC e que, segundo eles, faria o excelso milagre de salvar a Pátria.

E muitos dos seus simpatizantes e militantes, vendo o seu idolatrado líder ser vítima de mais uma diabólica maquinação, ficam em estado de choque e decidem fazern subir as sondagens.

Portugal é o único país da União Europeia, cujo eleitorado socialista não penalizou o partido, perante o descalabro e a ruina a que nos conduziu.

Um verdadeiro mistério que não é muito difícil desvendar. Mas, isso é matéria de sociólogos, politólogos e especialistas em ciências do oculto e do Além...

E não vai ficar por aqui, porque este país não consegue mudar, não consegue seguir outro caminho, não consegue sair do radicalismo dos dogmas sagrados, dos interesses instalados, do fanatismo partidário.

Sempre com os nobres de sempre a governar!

E novo congresso aí está, uma espécie de Cortes do Reino, como na Idade Média, para falar do Povo e para o Povo, a classe social mais baixa da sociedade, a mais desfavorecida. Tal como na Idade Média.

A tal classe social que tudo suporta e tudo paga, para bem do Reino e da Nobreza, a classe social mais alta e mais abastada, porque o Clero esse, já não existe como classe social. Perdeu poder e influência.

É a única diferença para os tempos medievais. De resto é tudo igual.

Está em marcha uma estratégia de perpetuação no poder desta nobreza que arruinou o país, que pôs o Povo na miséria ou em grandes dificuldades.

E tudo indica que, se não ganhar as eleições ficará lá perto, dificultando que outras competências, outras capacidades e outros valores, dêem o seu contributo para colocar o país no rumo certo.

Se isso acontecer e não houver uma alternativa de governo, por manifesta incompatibilidade com a teimosia e radicalismo desta nobreza e seus apoiantes, que não deixa espaço para nada nem para ninguém, por óbvio e doentio apego ao poder, vai ser muito complicado para Portugal.

Para vergonha de todos nós e mais uma vez, vão ser os outros, os de fora, que ditarão as regras e seremos obrigados a formar um governo, com muleta ou sem muleta dos partidos ditos de direita, considerados e apelidados, pelo regime e pela esquerda, de «fascistas» e «reaccionários».

Se isso acontecer e é uma hipótese em aberto, vai ser um «sapo» muito difícil de engolir, pois e como sempre, serão os partidos «fascistas» e «reaccionários» que vão servir de muleta ao partido nobre para salvar o país, que este irresponsavelmente arruinou.

E o ciclo vai repetir-se, daqui a dez anos teremos cá novamente o FMI para uma visita de boas vindas!

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