quinta-feira, 1 de novembro de 2012

FMI: «COLABORAÇÃO» NA REESTRUTURAÇÃO DO ESTADO

 
 


 
 
Após grandes pressões, de todos os quadrantes da sociedade portuguesa,  o governo finalmente, acorda para a grande realidade, há décadas esperada, mas nunca realizada:

- A REESTRUTURAÇÃO E REFORMA DO ESTADO

Era aquilo que todos nós, ainda antes das eleições de 05 de Junho de 2011, o potencial governo da esperança e das grandes reformas,  já supostamente formado na sombra e já com um plano preparado e estudado para executar, desde o primeiro dia após a tomada de posse, esta reforma estrutural de capital importância, para que o garrote da forca, que todos temos em volta do pescoço, fosse aliviado e começássemos a respirar um pouco do ar fresco da libertação.

Mas não!

Essa reforma essencial, essa grande força libertadora da sociedade foi, como sempre, ignorada e a opção tomada pelo governo foi, também como sempre, apertar ainda mais o garrote.

Perante o descalabro gerado com essa atitude, atirando para o desemprego, para a pobreza e para a fome, milhões de portugueses, perante a contestação geral, já com foros de violência nas ruas, o governo finalmente acorda.

Ninguém o sabe, mas deve ter sido o FMI, que o obrigou a acordar, por hoje ter chegado a Portugal com essa intenção: «ajudar» (obrigar) o governo português a fazer a reestruturação do Estado.

O tabu da «refundação».

Mais uma vez, vai ser por pressão exterior, vai ser por obrigação exterior, vai ser numa situação vexatória para o país, que o seu governo irá ser  obrigado a fazer o óbvio.
 
Porque o óbvio, em Portugal, é uma «batata». Sempre foi!

Muito acima do óbvio, do crucial e do essencial para a nossa sobrevivência e para o nosso desenvolvimento, está a ideologia e o radicalismo, a sagrada e idolatrada Constituição, estão os lóbis e os interesses instalados, estão os interesses mesquinhos das minorias, para quem a Constituição é ouro, em suma, está tudo o que possa bloquear o óbvio.

Iremos assistir ao desenrolar do processo, a como vão reagir os parciais constitucionalistas, os lóbis autárquicos, os lóbis sindicais, os lóbis económicos, os lóbis políticos, os lóbis ideológicos e a toda a cáfila que tem formado a oligarquia ditatorial, que manda no país  e  age arbitrariamente contra o seu Povo.

Uma luz ao fundo do túnel parece ter-se acendido, a lanterna foi trazida de fora, infelizmente pelos nossos  detractores que nos têm rapado a pele, talvez para salvar, não a nossa,  mas a sua própria pele.

Uma esperança renasce para todos nós. Mas é apenas um passo, de crucial importância, sem dúvida, mas apenas um passo e vai ser longo e complexo.

Outros passos terão de ser dados para, após o aliviar do garrote e respirarmos um pouco de ar fresco da verdadeira liberdade, começarmos a pensar, com discernimento, com inteligência, com esperança, na arquitectura do nova sociedade que todos desejamos, que todos merecemos e a que todos temos direito.

Mas, temos ainda pelo meio um longo caminho, cheio de obstáculos, armadilhas e adamastores que nos irão assombrar, o problema da dívida, do custo da dívida (o ministério sombra que custa sete biliões por ano a todos nós), o inferno das PPP´s a partir de 2014, das Rendas energéticas  e todas as outras reformas estruturais que ainda terão de ser feitas, incluindo a reforma do sistema politico e da Constituição.

Esperemos que esta janela de esperança não seja frustrada e que a montanha não venha a parir um rato.

Seria trágico!  



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