Transcrevo
um texto da autoria de Alberto Pinto Nogueira, Procurador Geral Adjunto
«Li, reli e
meditei sobre o texto abaixo...
Se a ESPADA
que me foi dada como “símbolo de Comando”, puder trespassar os Bandalhos que
arruinaram e continuam a destruir Portugal, eu a utilizarei...
.. se tal
ESPADA, FIZER JORRAR SANGUE DE PORCOS, LADRÕES e outros... que ditos de
“portugueses”, vão sugando bens aos que, pelo seu trabalho e suor, trabalharam
por Portugal... eu a utilizarei!
PORTUGAL!
Não é do PR, nem do Governo, nem dos partidos, nem das Associações nem dos
Sindicatos... nem da Europa...
Portugal é
de cada cidadão, cujos antepassados são portugueses, nascidos em Portugal e que
pelo seu trabalho ajudou tal país a evoluir! NÃO É DOS QUE ROUBAM... não é dos
“agiotas”... não é dos ”RELVAS”... dos oportunistas... dos “caçadores de
subsídios”... dos ciganos, dos cidadãos de outros países, dos Imigrantes
oportunistas e de outras comunidades oportunistas...»
Alberto Pinto Nogueira
Procurador da República no Tribunal da Relação do Porto, nasceu em 26/04/47 e é natural de
V. N. de GAIA.
«A República vive da mendicidade. É crónico.
Alexandre de Gusmão, filósofo, diplomata e conselheiro de D. João V, acentuava
que, depois de D. Manuel, o país era sustentado por estrangeiros. Era o
Séc. XVIII.
A monarquia reinava com sumptuosidades, luxos e
luxúrias. A rondar o Séc. XX, Antero de Quental, poeta e filósofo,
acordava em que Portugal se desmoronava desde o Séc. XVII. Era pedinte do
exterior.
A
Corte, sempre a sacar os cofres públicos, ia metendo vales para nutrir
nobrezas, caçadas, festanças e por aí fora…. Uma vez mais, entrou em
bancarrota. Declarou falência em 1892.
A
I República herdou uma terra falida. Incumbiu-se de se autodestruir. Com lutas
fratricidas e partidárias. Em muito poucos anos, desbaratou os grandes
princípios democráticos e republicanos que a inspiraram.
O
período posterior, de autoritarismo, traduziu uma razia deletéria sobre a
Nação. Geriu a coisa pública por e a favor de elites com um só pensamento: o
Estado sou eu. Retrocedia-se ao poder absoluto. A pobreza e miséria
dissimulavam-se no Fado, Futebol e Fátima. As liberdades públicas foram
extintas. O Pensamento foi abolido. Triturado. O Povo sofria a repressão e
a guerra.
O governo durou 40 anos! Com votos de vivos e de
mortos.
A
III República recuperou os princípios fundamentais de 1910, massacrados em
1928. Superou muitos percalços, abusos e algumas
atrocidades. Acreditou-se em 1974, com o reforço constitucional de 1976,
que se faria Justiça ao Povo.
Ingenuidade,
logro e engano.
Os
partidos políticos logo capturaram o Estado, as autarquias, as empresas
públicas. Nada aprenderam com a História. Ignoram-na.
Desprezam-na. Penhoraram a Nação. Com desvarios e desmandos. Obras
faraónicas, estádios de futebol, auto-estradas pleonásticas, institutos
públicos sobrepostos e inúteis, fundações público-privadas para gáudio de
senadores, cartões de crédito de plafond ilimitado, etc. Delírio,
esquizofrenia esbanjadora.
O
país faliu de novo em 1983. Reincidiu em 2011.
O governo arrasa tudo. Governa para a troika e obscuros
mercados. Sustenta bancos. Outros negócios escuros. São o seu catecismo
ideológico e político. Ao seu Povo reservou a austeridade. Só impostos e
rombos nas reformas. As palavras "Povo” e “Cidadão” foram
exterminadas do seu léxico.
Há
direitos e contratos com bancos, swaps, parcerias. Sacrossantos. Outros,
(com trabalhadores e velhos) mais que estabelecidos há dezenas de anos,
cobertos pela Constituição e pela Lei, se lhe não servem propósitos, o governo
inconstitucionaliza aquela e ilegaliza esta.
Leis
vigentes são as que, a cada momento, acaricia. Hoje umas, amanhã outras sobre a
mesma matéria. Revoga as primeiras, cozinha as segundas a seu agrado e bel-prazer. É
um fora de lei.
Os
empregados da troika mandam serrar
as reformas e pensões. O servo cumpre. Mete a faca na broa dos
velhos. Hoje 10, amanhã 15, depois 20%. Até à côdea.
Velhos
são velhos. Desossem-se. Já estão descarnados. Em 2014, de corte em corte (ou
de facada em facada?), organizará e subsidiará, com o Orçamento do Estado, o
seu funeral colectivo.
De
que serviu aos velhos o governo? E seu memorando?»
Procurador Geral
Adjunto
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