segunda-feira, 20 de agosto de 2012

A SEXTA ALTERNATIVA



Portugal precisa de uma sexta alternativa.

Portugal precisa de um sexto Partido, que seja alternativa, absolutamente credível, aos cinco que fazem parte do sistema político e estão representados no Parlamento.

Portugal precisa de uma alternativa aos partidos do centrão, PS-PSD, que já deram provas, em quase quarenta anos de democracia representativa de, não só não estarem à altura dos grandes desafios nacionais de colocarem o país na rota do crescimento e desenvolvimento, mas também porque têm sido esses dois partidos, com a ajuda da esquerda radical, os grandes responsáveis pelas crises sistemáticas em que têm mergulhado este massacrado país.

Crises permanentes, desde 1974, no soarismo, no cavaquismo, no guterrismo, no barrosismo, no santanismo, no socratismo e agora também no gaspo-coelhismo.

Portugal não pode continuar permanentemente mergulhado em crises, pelo desgaste que causa ao país e à sua população, porque de crise em crise o país se afunda mais, porque de crise em crise ficamos mais pobres e com mais baixos nível e qualidade de vida, porque de crise em crise, cada vez de torna mais difícil a recuperação do país.

Portugal tem vivido desde 1974, como se fosse um doente crónico, cuja doença, não sendo incurável, os partidos do sistema político, não têm acertado ou não lhes interessa acertar no diagnóstico correcto.

E quando o diagnóstico é incorrecto, a terapêutica será necessariamente incorrecta, pondo em risco a já pouca saúde do doente, apenas mantido com paliativos, sem se curar de erradicar as causas da doença,

Um diagnóstico correcto é aquele que identifica as verdadeiras causas da doença e só tratando e erradicando as causas é possível salvar o doente.
Arrastá-lo com paliativos, tratando apenas os efeitos, estamos apenas a adiar o desfecho fatal.

Mas, mais grave do que não acertar no diagnóstico, sinónimo de incompetência, é fazer um diagnóstico errado propositadamente, em função dos dogmas ideológicos do nosso clube partidário ou em função de interesses corporativos ou económicos, pessoais ou do nosso grupo de interesses.
Neste caso, estamos perante uma enorme irresponsabilidade pela qual os políticos têm de responder.

É que, em épocas de grave crise, a salvação do país não se compadece com a aplicação cega de dogmas ideológicos e muito menos com a defesa de interesses pessoais ou de grupo.
Aliás, os próprios dogmas ideológicos também têm, eles próprios,  de se adaptar e ajustar à realidade e corrigidos em função dos bons ou maus resultados da sua aplicação. 

Em épocas de grave crise, não pode haver lugar para experiências e ensaios de dogmas do passado, ainda não testados. Seria a catástrofe final.

Em épocas de crise, o melhor mesmo é enterrar os dogmas e pensar de forma pragmática, pensar no melhor método que conduza à melhor solução, que salve, de facto o país.

Por isso, sempre entendi que, um dos factores que tem contribuído para a ruina do país, tem sido exactamente, a radicalização dos partidos e das pessoas em ideologias, quase todas ultrapassadas no tempo e que, no contexto actual, já não têm aplicação, desde o socialismo «científico» proposto pelo louçanismo, passando pelos socialismos estatizantes, até às sociais democracias.

O seu tempo já foi.

Hoje, cada país tem de desenvolver o seu próprio modelo, de forma realista e adaptado à sua própria realidade concreta.

Está na hora, portanto, de MUDAR!
Mudar para algo novo, que rompa com as velhas teorias do passado e acima de tudo, que aprenda com as más experiências desse passado.


Por isso, a sexta alternativa de que o país precisa, não pode passar por dogmas ideológicos e neste contexto não se pode identificar com qualquer teoria mais abstracta ou menos abstracta.

A sexta alternativa deve ser um modelo pragmático, que olhe para a situação concreta do país, para o estado calamitoso em que se encontram vastas camadas da população portuguesa e tentar recuperá-las para níveis de vida dignos.

Por isso a sexta alternativa, não pode ser de esquerda nem de direita.

Deve ser simplesmente um modelo pragmático e realista que tenha a capacidade de erradicar as causas da grave situação em que o país se encontra e que só pode contar com pessoas qualificadas e competentes e que tenham sensibilidade política.

Quando as sondagens recentes revelam a subida, embora lenta, do Partido Socialista, o último partido que governou Portugal e que nos legou a tragédia que estamos a viver, temos razões para ficar preocupados.

Preocupados, porque os principais protagonistas que têm arruinado o país, não serão os melhores protagonistas para o fazerem sair do lamaçal em que se encontra.

Em primeiro lugar, porque já deram provas no passado de reincidente incompetência e de reincidente demagogia e oportunismo e por outro lado, ainda se encontra radicalizado na ideologia e no dogma e ainda não percebeu, que os tempos mudaram e que o socialismo estatizante é coisa do passado.

Mas, há outra razão importante que explica a subida do partido destruidor.
É que o Povo Português não tendo alternativa de escolha tem optado sempre pelo mal menor. Por isso o Centrão continua a sobreviver e a levar a cabo a sua tarefa sinistra de destruição.

Deste modo,  a sexta alternativa, o sexto Partido,  é urgente que surja na cena política e ofereça ao país e à sua população, um verdadeiro projecto de mudança, com credibilidade, segurança e confiança no futuro.

Na sexta alternativa não pode haver lugar para oportunistas, para apanhar carruagens de comboios em andamento, mas apenas poderão ter lugar pessoas que estejam dispostas a dar tudo pelo seu país e que estejam dispostas a sacrificar-se por ele e exclusivamente por ele.

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