domingo, 20 de maio de 2012

DEMOCRACIA MAÇÓNICA: LOBIES, MORCEGOS E VAMPIROS


Dentre todas as vicissitudes desta democracia, dita representativa, ficámos a saber, não há muito tempo, a propósito da promiscuidade entre o Serviço de Informações da República e o Governo e Grandes Empresas do Sistema que, membros daquele e grande parte dos deputados da Assembleia da República, pertencem a Lojas Maçónicas.

Para além da elite dirigente da grande empresa portuguesa, pública ou privada.

Já algum tempo atrás, a propósito do envolvimento da política activa com a maçonaria, afirmei e continuo a pensar que, numa democracia que se quer transparente, este envolvimento não faz o mínimo sentido, a menos que os objectivos desse envolvimento sejam diversos daqueles que, histórica e tradicionalmente, são apanágio das maçonarias.

E, quando os factos, as notícias, os acontecimentos, dão conta de uma catadupa de indícios dessa promiscuidade, cada vez mais me convenço de que vivemos mesmo numa democracia maçónica, onde se movimentam e disputam o poder, os grandes «players» dos interesses instalados no país.

O Povo esse, está fora disto.

É como se não fizesse parte do sistema. Apenas é chamado a fazer sacríficos, sacrifícios e mais sacríficos.

Tudo recai sobre ele, desde os buracos financeiros abertos pela promiscuidade, passando pelos sobrecustos do sistema energético, até às parcerias público-privadas, das SCUTS e das auto-estradas triplicadas em betão e em custo financeiro.

E, também como os factos comprovam, a elite maçónica e mafiosa, que sempre existiu, manda neste país e dita as regras.

Que ninguém ouse desafiá-la. Nem o Governo.

Até este, já teve de recuar:

-No caso da EDP, no caso da reforma autárquica, no caso dos cortes salariais nas empresas públicas de bandeira (TAP, Caixa Geral de Depósitos, Banco de Portugal e outras).

E, tudo indica, vai ter de recuar todas as vezes que este poder ignóbil for desafiado.  Cederá certamente, por uma razão ou por outra.

O próprio ministro Miguel Relvas que, entrando com força e determinação, para tentar derrubar as barreiras lobísticas e mafiosas, e com isso fazer as reformas que se impõem,  já reconheceu que arranjou inúmeros inimigos.

É um alvo a abater!

Mas, armadilha ou não, o recente caso com a jornalista do Público, não abona muito a seu favor e vai enfraquecer a sua posição, face aos desafios que tem pela frente. O tempo o dirá, se conseguirá manter-se por muito mais tempo no poder.

Talvez o seu sucessor, se isso ocorrer, tenha de ser escolhido pela máfia e com perfil à sua medida, ou seja mais mole e mais dócil, como convém, para todos estamos bem com todos. Não se pode fazer «ondas»…

O que de facto é preocupante é que o país, que há décadas é dominado por estes poderes ocultos, que a tudo se sobrepõem, incluindo aos governos e como tudo indica, influenciando a sua composição, sugerindo nomes da sua confiança, não consegue libertar-se das garras destes vampiros.

Tenham ou não cor partidária, os tentáculos que lançaram ao nível do Estado Central, Empresarial (Público e Privado) e Autárquico, são de tal forma extensos e poderosos, que bem podemos dizer que o país é dominado (governado) por uma oligarquia, não apenas partidária, mas também cartelizada por «elites» estatais e empresariais, numa completa promiscuidade.

E aqui, há alguma semelhança com o regime de Salazar, pois que este, servindo-se da PIDE para controlar os cidadãos e mantê-los quietos, mantinha igualmente uma oligarquia económica, com grande poder, que controlava o poder político,  influenciava as suas decisões e prestava-se a toda a espécie de promiscuidades.

Apenas se diferenciava do sistema pluripartidário, optando por um sistema de partido único.

Ou seja, tudo parece indicar que, seja em sistema democrático pluripartidário, seja em ditadura, o resultado final acaba por ser o mesmo.

O Povo é sempre excluído.

Por isso, a pior ditadura é a que se disfarça de democracia.

Esta, que se disfarça de democracia, com contornos oligárquicos, impõe as regras como nas ditaduras.

O voto, facilmente manipulável,  é apenas o expediente para justificar que o sistema é democrático, do tipo representativo que, na verdade não o é.

Primeiro porque quase metade não votam e em segundo lugar, porque os deputados representam apenas o resultado de nomeações dos respectivos chefes políticos.

Muitos nem são da região que dizem representar!

E, voltamos sempre à questão de fundo.


Como mudar o sistema?

Porque, perante um cenário de completo apodrecimento das instituições e do sistema político-partidário, impõe-se uma mudança, para bem do país, para bem da sua população, para bem do seu desenvolvimento.

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