sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

A ESSÊNCIA DAS COISAS



 

É curioso observar que, grande parte de nós, seres humanos, temos uma natural tendência para analisar os factos e os acontecimentos com os quais nos confrontamos no quotidiano, detendo-nos apenas por aquilo que observamos directamente ou é detectado pelos nossos sentidos.

Observamos os factos, pelas formas e contornos da realidade, omitindo muitas vezes, por simplicidade ou conveniência, uma explicação mais profunda e por isso, correndo-se o risco de uma análise incompleta.

E, desde que isso satisfaça os nossos objectivos imediatos ou as nossas conveniências, já basta para ficarmos satisfeitos.

Muitas das regras sociais e institucionais que nos comandam, foram construídas nesta base e ficado interiorizadas e socializadas, como verdades absolutas.

A filosofia, pretende colmatar esta tendência, procurando uma explicação mais completa e profunda da realidade.

Por isso, ficamos muitas vezes surpreendidos com as opiniões dos filósofos e por argumentações que, procurando a essência das coisas, os fundamentos da realidade, nos confrontam com mitos sociais há muito adquiridos como verdades mas, muitas vezes, completamente distorcidos da realidade.

Foram construídos por conveniência de grupos de interesses ou de pressão,  para seu benefício ou conveniência, grande parte  das vezes.

Quando, num restaurante pedimos uma pizza, para almoçar ou lanchar, a nossa opção de escolha baseia-se, muitas vezes, na aparência visual, nos componentes apetitosos e que nos proporcionam prazer no sabor e descuramos o essencial, isto é, a qualidade dos alimentos, o equilíbrio e valor nutritivos dos mesmos e portanto a utilidade para a nossa saúde.

Perdoa-se o mal que faz, pelo bem que sabe, diz a gíria popular!

Parece que a sociedade se orienta, mais pelo prazer que as coisas proporcionam, do que pela racionalidade na sua utilização.

Muitos mitos sociais, alguns institucionalizados constitucionalmente, se baseiam em análises superficiais, omitindo propositadamente o fundamento e a essência, mas que, são as que mais convêm para o fim em vista.

Um exemplo típico desses mitos institucionalizados é o «LGBT» e de que alguns partidos do sistema, fazem bandeira.

Baseado na homossexualidade como um dos padrões seleccionados pela evolução e daí a invenção muito conveniente do termo «orientação sexual».

A ciência já demonstrou que esse padrão não existe, exactamente porque não permite a reprodução, pressuposto de toda a evolução.

Não há, por isso, fundamento, para se falar de «orientação sexual» do tipo homossexual. A homossexualidade é, está demonstrado, um sub-produto da sociedade, uma mera variante do prazer, que algumas pessoas gostam de praticar.

Muitos outros exemplos se poderiam referir, designadamente em relação à actividade política.

O exemplo paradigmático é  o «politicamente correcto», uma corrente de opinião com a qual se pretende justificar o exercício de determinada ideologia, pelo poder instituído, quase sempre enganadora.

Poderia ainda citar os «opinion-makers», os comentadores dos media que, ao serviço desses poderes, intoxicam a opinião pública com toda a espécie de mentiras ou meias verdades e muitos incautos acreditam.

Por isso, a sociedade,  nós cidadãos individualmente, devemos, pelo conhecimento, pela cultura e se necessário recorrendo à filosofia, aprofundar as questões, interrogarmo-nos sobre o sentido que fazem, ir mais além da análise superficial daquilo que se nos apresenta como verdadeiro, mas que pode encerrar uma verdadeira enormidade, que se pode voltar contra nós.

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